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A reclamação, a crítica, o julgamento, a vitimização, a ansiedade, a culpa, o medo patológico, a tristeza profunda e o excesso de preocupação... agridem os nossos órgãos e vísceras e são uma declaração de guerra a todos eles. Tosos os sistemas desde o sistema esquelético, o muscular, o nervoso, o sensorial, o endócrino, o cardiovascular, o linfático, o respiratório, o digestivo, o urinário, o excretor, o reprodutor e o tegumentar, são afetados quando declaramos guerra a nós próprios(as) através de reclamações, críticas, julgamentos, vitimizações, stress mental e emocional. Todos os nossos sistemas sentem o conflito e também eles se preparam para a batalha interna e externa que os leva à falência primeiro energética e mais tarde física, mas ninguém reclama, crítica, julga ou se vitimiza porque quer, a pessoa que faz isto exclui o outro, mas principalmente exclui-se a si própria e declara uma guerra interna aos seus órgãos e vísceras. E todos nós fazemos isto por Amor cego a alguém do nosso sistema familiar porque ninguém constrói felicidade em cima da infelicidade do outro e se alguns familiares se excluíram nós também nos iremos excluir por amor a eles, até termos consciência disso. São as lealdades inconscientes aos nossos antepassados que todos(as) nós trazemos porque o que todos nós mais queremos é pertencer. Para vivermos saudavelmente precisamos de nos respeitar, de nos escolher e de nos pacificar com as nossas escolhas e sobretudo precisamos de nos responsabilizar de que a saúde também é uma escolha nossa. Pacificarmo-nos com todas as nossas partes, aceitá-las e dizer aos nossos órgãos e vísceras: Agora eu vejo-vos e vejo o que têm feito por nós, nós somos um, sem um de vocês nada disto seria possível, obrigada por nos mantermos na vida. A vida é um milagre e para que as células se regenerem é preciso haver Amor, um estado de relaxamento profundo, muita Paz e Alegria de viver. Nas Constelações Familiares e Sistémicas o que o campo de uma sessão individual ou em grupo tem revelado relativamente à etiologia das doenças é que quase sempre existem conflitos internos e externos e exclusões ou seja uma declaração de guerra a nós próprios(as) e à vida. Por exemplo quando estamos muito tempo numa situação de dúvida e não sabemos o que escolher ou fazer ficamos completamente alterados, entupidos, porque a energia não flui livremente pelos nossos meridianos e isso compromete o sangue e os nossos líquidos orgânicos e mais tarde ou mais cedo danifica os órgãos e vísceras. A preocupação por exemplo danifica o nosso Baço e como existe uma ligação intima entre todos os nossos órgãos e vísceras os outros também serão afetados e depois não percebemos porque é que uma simples salada nos incha ou porque motivo temos dor de cabeça, etc. Então, o que a vida nos pede é que consigamos viver em Amor, Paz e Alegria aceitando o que nos chega e fluindo com a magia da vida, agradecendo todos os dias pela vida que chegou até nós. Obrigada Vida por existires dentro de mim.
Ana Isabel Alves
O medo engaiola-nos, limita-nos e não nos permite crescer e evoluir Por medo deixamos de viver e passamos a sobreviver.
Existem dois tipos de medo, o medo fisiológico que nos mantém na vida e nos protege e o medo patológico, o medo que nos destrói a vida. Aos olhos da medicina chinesa os Rins são o reservatório da nossa energia vital, armazenam a essência Jing que serve para produzir sangue e para além das imensas funções que desempenham (desde o nascimento, o crescimento, a reprodução, a sexualidade, o envelhecimento e a morte) os nossos Rins são destruídos pelo medo patológico e em clínica eu pude comprovar isso.
O medo traz, com ele, a dúvida e a culpa que nos bloqueiam e não nos permite discernir o que serve do que não nos serve mais. O medo também atrai o perigo e quando permanecemos muito tempo nesta baixa vibração para além de prejudicarmos os nossos Rins que regem também o nosso sistema ósseo, a audição, o cabelo e os dentes, atraímos para nós tudo às avessas e ficamos sem força de ação para seguir com a nossa vida para a frente e aos olhos das constelações familiares e Sistémicas estamos fora do nosso lugar, por amor cego a algum antepassado e desta forma a energia do Amor não flui, fica bloqueada e só conseguimos libertar-nos do medo quando escolhemos vibrar em Amor, mas num amor que cura .É sempre uma escolha nossa, mas deverá ser cada vez mais consciente, porque muito deste medo que existe ainda nas nossas células já vem lá de trás, de muitos ancestrais que passaram por guerras, fome, traumas e outros bloqueios e manifesta-se no momento presente para ser curado.
Numa constelação quando abrimos o campo da constelação conseguimos compreender qual é a origem do medo para o curar. O medo precisa de ser visto. Porque o primeiro passo para a cura é a tomada de consciência.
Ana Isabel Alves
Somos programados pela cultura da sociedade em que vivemos para seguirmos o padrão tradicional porque só assim seremos aceites, amados e teremos sucesso. É preciso Coragem e Amor-Próprio para nos permitirmos pensar fora da caixa e criarmos algo de novo e de diferente que seja a expressão do nosso Real Ser para deixarmos de ser máquinas formatadas a corresponder às expetativas do socialmente correto e passarmos a ser Nós mesmos, seres individuais e únicos, transformando toda a culpa e medo que isso acarreta em Amor-Próprio e é assim que damos mais um passo para a cura individual e coletiva. Em todas as sociedades existiram as chamadas "ovelhas negras": Galileu, Copérnico, Einstein ... todos eles "quebraram o cerco", pensaram diferente, fizeram diferente e contribuíram para a mudança de mentalidades e a criação de uma nova sociedade. Por isso se queremos que a nossa sociedade mude precisamos nós de fazer essa mudança interna, fazendo diferente assumindo a responsabilidade pela nossa cura e pela nossa vida. Bert Hellinger dizia "as ovelhas negras são, na verdade, caçadores natos de caminhos de libertação ... incontáveis desejos reprimidos, sonhos não realizados, talentos frustrados dos nossos ancestrais manifestam-se na rebeldia dessas ovelhas negras que procuram realizar-se".
Ana Isabel Alves
A vida é efémera, tudo é impermanente, o que hoje é amanhã já não é e no entanto vivemos apegados ao que deveria ter sido e não foi e isso traz-nos muito sofrimento e dor. Corremos contra o tempo, a azáfama do quotidiano é cada vez mais exigente, desdobramo-nos e queremos que o tempo também se desdobre, mas o tempo não existe, existe apenas um tempo cronológico, inventado pelo Homem, e um tempo divino que precisamos de aprender a respeitar. Vivemos no mundo da ilusão e queremos controlar a vida, mas a vida é muito maior do que nós e ninguém a consegue controlar, o controlo é outra ilusão da mente humana. Levamos uma ou várias gerações (vidas) até percebermos que tudo o que existe hoje um dia vai desaparecer, tudo é passageiro e é nos emprestado por um período de tempo limitado. Somos seres em constante transformação a fazer uma viagem de evolução numa grande nave a que chamamos Planeta Terra. A única coisa que permanece e permanecerá é e será a consciência que cada um conseguirá expandir. Passamos a maior parte do tempo a utilizar 1% da capacidade dessa consciência e temos à nossa disposição 100%. Numa Constelação Familiar a nossa consciência expande-se e tomamos consciência, através do campo da constelação, do que é que está por trás de uma doença ou de qualquer outra coisa que queiramos constelar para curar porque o 1º passo para a cura é a tomada de consciência. Enquanto não houver consciência não haverá cura.
Ana Isabel Alves
É preciso ter coragem para olhar para as nossas feridas e tocar nelas, porque doem muito, até porque muitas delas estão bem reprimidas, escondidas, mas não fecham e muitas já vêm de trás, dos nossos antepassados que não tiveram possibilidades para as curar, mas fizeram o que puderam, no seu tempo, com a consciência que tinham. Repetimos inconscientemente muitos padrões de sofrimento e de dor, por Amor, um amor cego, uma lealdade inconsciente ao nosso sistema familiar, mas que não resolve nada e só traz ainda mais sofrimento. As Constelações Familiares e Sistémicas são uma ferramenta terapêutica, uma abordagem fenomenológica à Psicoterapia Sistémica e ajudam-nos a tomar consciência e a compreender a origem do sofrimento, dessas dores, dessas doenças, dessa repetição de padrões e mostram-nos como estamos todos ligados por Amor. Aos nossos ancestrais só temos que os honrar agradecendo pela vida que chegou até nós através deles. A escolha é sempre nossa sofrer ou curar, mas uma coisa é certa cada geração que tem a coragem de olhar para a sua dor e curar-se beneficia todas as gerações e até as que hão de chegar e este sim é um Amor que cura.
Ana Isabel Alves